Inclusão na dança: precisamos mais!

Inclusão é um dos temas que eu mais gosto de tratar aqui no blog – porque é um dos temas que eu acho mais necessários para a dança. Por muito tempo o ballet – principalmente o clássico – foi majoritariamente branco e feminino. E ainda é, em muitas companhias.

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A bailarina Misty Copeland, do American Ballet Theatre

A introdução de bailarinas e bailarinos negros começou recentemente, sendo que a chegada de nomes como Misty Copeland, Michaela DePrince e Eric Underwood trouxeram os holofotes para o problema do racismo, até então menosprezados pela mídia. O resultado é que agora já temos até audições especiais para bailarin@s negr@s e mestiç@s nos Estados Unidos.

Falamos recentemente sobre a homofobia em relação à dança, em especial o pole dance. Uriel Trindade, bailarino e pole dancer, contou como ele enfrenta preconceito (e não se deixa abalar por ele!) na própria comunidade gay. Puxado, né?

Fiquei muito, muito feliz quando tantos leitores e leitoras do blog chamaram atenção para o fato da Associação Fernanda Bianchini (AFB), que mantém o Ballet de Cegos, ter ganhado espaço no noticiário internacional. Foram mais de três pessoas me mandando o link para a matéria no mesmo dia!

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Cia Ballet de Cegos em foto pós-apresentação (Foto: Reprodução/Facebook)

Para quem não conhece, o Ballet de Cegos, em São Paulo, é pioneiro na modalidade de inclusão para pessoas com deficiência visual. As aulas são ministradas na AFB, com 13 professores (entre eles, as deficientes visuais Geyza Pereira da Silva e Veronica Batista, formadas na própria entidade), e a gestora Fernanda Bianchini. Na grade de aulas semanal, os professores se revezam no atendimento a quase 200 alunos matriculados, divididos em grupos por modalidades de aprendizado, segundo os critérios do estatuto da entidade.

Isso me lembrou outra companhia, esta chinesa, que também tem bailarinas deficientes. Trata-se da Chinese Hearing Impaired Dancers, ou Bailarinos Deficientes Auditivos da China. As apresentações são inacreditáveis, o que prova que a inclusão só tem a acrescentar na dança 🙂

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2 comentários sobre “Inclusão na dança: precisamos mais!

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