World Ballet Day 2017: Bolshoi

Na melhor pegada ‘os últimos serão os primeiros’ ao contrário (já que o Bolshoi foi a segunda companhia a aparecer no World Ballet Day, como sempre), voltamos à  resenha conjunta com nossa representante russa!

Em tempo: não conseguimos publicar logo a resenha porque o Bolshoi demora um pouquinho mais do que as outras companhias para lançar o vídeo da transmissão.

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Um dia normal na escola do Bolshoi (Fotos: Reprodução)

Assim como aconteceu no ano passado, a transmissão do Bolshoi começou com a escola. Na primeira hora passeamos por salas de turmas de meninos e meninas e vemos um pouquinho do treinamento intensivo ao qual eles são submetidos. Alguns exercícios dão medo!

Mas dá para ver como eles são orgulhosos com a metodologia Bolshoi. Principalmente mais à frente, quando percebemos que, na companhia, temos bailarinos que se formaram pela Vaganova, escola do Mariinsky (ou Kirov) de São Petersburgo. Tem uma rivalidade saudável e deliciosa de assistir!

Em seguida, acompanhamos uma aula com os profissionais da companhia, recheada de bailarinos principais. Consegui ver Ekaterina Shipulina, a diva Maria Alexandrova, acho que a com collant preto de mangas é Olga Smirnova, mas não tenho certeza… E, claro, a maravilhosa Evgenia Obraztsova, primeiríssima bailarina e queridinha do blog!

Dos meninos temos Denis Rodkin (o garanhão all-star do Bolshoi) e Vladislav Vantratov que eu consegui reconhecer.

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O professor mais figura que você respeita!

A aula é a mesma do ano passado, com o professor Boris Akimov, que é uma FIGURA! Ele continua fazendo os passos junto com os bailarinos, puxando a perna nos adagios. Até as roupas dele são as mesmas! Tradição é um negócio levado realmente muito a sério no Bolshoi…

Não sei se é impressão minha, mas achei que nesse ano os bailarinos estão menos ‘sisudos’ e mais à vontade, conversando entre eles e até rindo enquanto esperavam para executar os passos.

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Penchée e alongamento!

Aqui, a extensão continua sendo a principal atração da aula, tanto na barra como no centro. E verdade seja dita, ver um adagio bem executado de uma bailarina (ou bailarino) russo é algo diferente de se ver. Uma coisa que eu notei é que ninguém colocou as pontas no centro – algo que a gente sempre vê em outras companhias – o que mostra que essa aula era mesmo só para aquecer os dançarinos.

De lá seguimos para os ensaios, e vamos direto para a passagem de palco de Etudes, de Harold Lander (ballet que eu amo, aliás!). Se a aula de Boris foi super descontraída, nesse ensaio, pelo menos na parte masculina, conduzido por Makhar Vaziev… Eu fiquei com medo do cara. Ele é o típico maître de ballet carrancudo, que critica tudo e todos (ainda que com motivo, achei que foi mais para diminuir os bailarinos e aparecer do que para ser eficiente).

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Medo. Desse. Homem.

Com a parte feminina é menos tenso (curioso, aliás, já que corpo de baile é sempre um parto pra ensaiar hehe). Mas uma coisa chamou minha atenção: o número de bailarinas magras DEMAIS. Do tipo que não pode ser saudável. Não acho que esse tipo de físico deva ser estimulado dentro das companhias.

Outro ponto alto é o ensaio de Jewels, de Balanchine (mesmo ballet que apresentaram na temporada passada, aliás)! E que deleite assistir aos solos de Esmeralda. Sim, minha parte preferida e que, um dia, ainda vou dançar!

Claro que tem muito mais coisa pra ver, mas acho que o principal (ou pelo menos o que mais me cativou!) está aqui. Se achar que ficou faltando alguma coisa, fala pra gente!

Para ver o vídeo do Bolshoi é necessário fazer um cadastro  no site oficial da companhia, que você faz aqui  (eles inclusive mantiveram a transmissão do ano passado)!

Mais fotos na galeria:

Veja nossa cobertura do World Ballet Day 2017:

Australian Ballet

Royal Ballet Parte 1

Royal Ballet Parte 2

National Ballet of Canada

 

Nossos arquivos:

World Ballet Day 2016

World Ballet Day 2015

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