World Ballet Day 2017: National Ballet of Canada

Eis que temos mais um post do #WorldBalletDay, e a companhia da vez é o National Ballet of Canada. Ela é uma das companhias que, com as transmissões ao vivo aprendemos a gostar e conhecer melhor.

Começamos pela aula, comandada desta vez pelo Cristopher Stowell. Essa é uma das partes favoritas dos nossos blogueiros Felipe e Juliana: ele, por conta das ideias para aulas livres e dicas extras dos mestres, ela, para se guiar no que funciona para os bailarinos que admira e utilizar no seu dia-a-dia de aula!

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Pernas altas no adágio da barra. Foto: Reprodução/Youtube

A barra é relativamente simples com objetivo de preparar o corpo para o centro e ensaios posteriores. Nada de complexo por aqui! Os bailarinos começam vestidos com roupas e acessórios que permitem aquecer a temperatura corporal afim de evitar lesões. A medida que se aquecem, eles vão tirando as roupas para ficarem com malhas e collants apenas. Podemos perceber também que cada um executa certos passos a seu modo, sem seguir uma sequência necessariamente lógica (como por exemplo, no plié): eles usam esse momento de aula para alongar ou trabalhar o que se adequa aos seus corpos, caso estejam se recuperando de lesão ou com algum trabalho específico que precisam para os ensaios.

Passada a barra, o centro traz também exercícios simples, com objetivo de trazer o eixo do corpo de baile. A parte mais engraçada do centro foi o “AHW” coletivo com 2 tempos de promenade na segunda posição do adágio. Realmente nos sentimos representados por esse momento! Hihi.

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O famoso promenade em dois tempos! Foto: Reprodução/Youtube

Algumas bailarinas no centro optam por não usarem sapatilhas de ponta, já que não é uma condição obrigatória.

Uma curiosidade: 13 das bailarinas da companhia já são mamães, incluindo as primeiras bailarinas Greta Hodgkinson e Svetlana Lunkina.

E então, começamos os ensaios! Paz de La Jolla é o primeiro. O ballet foi criado em 2013 pelo coreógrafo Justin Peck para os bailarinos do New York City Ballet. A presença marcante da música de Bohuslav Martinu faz esse ballet parecer delicioso aos olhos e ouvidos. A movimentação deles é bem fora do que costumamos ver em ballets de repertório.

O segundo trabalho apresentado é Nijinsky. Criado por John Neumeier, Nijinsky é uma homenagem à memória desse que foi o bailarino que mudou a história da dança como a conhecemos. Vários dançarinos diferentes interpretam seu papel durante o repertório, apresentando personagens marcantes pelos quais Nijinsky foi imortalizado.

Finalizando a transmissão, temos The Winter’s Tale, repertório já adotado pela companhia há algum tempo em suas temporadas (também incororado pelo Royal Ballet).

Confira a transmissão que foi para o Youtube + nossa galeria abaixo:

 

Veja mais posts do World Ballet Day 2017:

Australian Ballet

Royal Ballet (parte 1)

Royal Ballet (parte 2)

Quer ler nossos especiais do World Ballet Day? Veja abaixo:

World Ballet Day 2016

World Ballet Day 2015

World Ballet Day 2017: Royal Ballet parte 2

Assim como o Royal Ballet, decidimos dividir a resenha em duas partes para que vocês pudessem aproveitar melhor cada momento comentado por nós. E como tudo o que é bom vem em dobro… confira o que houve de melhor na segunda parte dessa transmissão!! Demorou, mas chegou!!!

Para conferir a primeira parte de nossa resenha, clique aqui!

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Ensaios atenciosos de Jeux. Fotos: Reprodução/YouTube.

Já sabemos de cara que vamos gostar da segunda parte quando vemos a mais nova primeira bailarina, Yasmine Naghdi, no ensaio de Jeux.

A repetiteur Rosaly Whitten comanda e cuida para que a precisão de tempo dos bailarinos seja perfeita. Ainda contamos com nosso novo principal favorito Vadim Muntagirov e a primeira artista (brasileira!) Isabella Gasparini.

The Judas Tree é o repertório que dá seguimento aos ensaios do dia, dessa vez contando com o bailarino principal brasileiro Thiago Soares (ele que se juntou à companhia em 2002 e atua como principal desde 2006). O ballet foi criado em 1992 por Kenneth MacMillan, considerado um de seus ballets mais controversos. A música se apresenta de forma bem marcante e forte durante todo o ensaio, e aparentemente uma coreografia bem sensual, também, como mostra Lauren Cuthbertson.

Vemos apenas o Reece Clarke como solista ensaiando entre os demais que são bailarinos principais (além do Thiago e da Lauren, temos também o Edward Watson). Ele conta que é uma grande oportunidade estar ensaiando com eles. A gente por aqui só imagina como deve ser incrível!

The Judas Tree faz parte de uma celebração nacional do 25º aniversário de morte de Kenneth MacMillan, ele que foi diretor artístico e revolucionou o Royal com belos repertórios icônicos, como: Romeu e Julieta, Mayerling e Manon, peças que fazem parte da companhia até hoje. O English National Ballet também faz parte da celebração, apresentando outra das criações aclamadas de MacMillan: Song of the Earth.

Elite Syncopations foi de longe o repertório que mais gostamos dentro da transmissão. Ver Laura Moreira junto com as solistas Yuhui Choe e Melissa Hammilton é, com certeza, fórmula para amarmos o que quer que elas dancem! Muita precisão e um clima leve de música ragtime marcam o trio. Melissa às vezes errava e esquecia os movimentos, representando totalmente a todos nós que esquecemos a sequência nos ensaios de festival (hihi)!

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Aquele trio que você respeita!

Se você gostou desses repertórios, The Judas Tree e Elite Syncopations estão disponíveis para download no blog Vídeos de Ballet Classico, junto com mais um dos trabalhos de MacMillan: Concerto. Clique aqui para baixar!!

The Wind vem como uma nova opção de repertório da companhia, trazendo coreografia de  Arthur Pita em parceria com a música de Frank Moon (por sinal, maravilhosa! Ponto para eles). A “pegada” inicial vem com acordes clássicos do rock and roll, mas logo em seguida passamos para um trecho mais dramático com mais uma das novas principals do Royal, Francesca Hayward, que o faz muito bem durante os ensaios! Ponto para ela também!!

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Francesa Hayward em seu ensaio de The Wind.

Finalizando a transmissão, temos a apresentação do ensaio com figurino do Northern Ballet que apresenta sua versão em ballet de A Pequena Sereia. Não sabemos se tem uma inspiração direta no clássico filme da Disney mas a gente já gostou, até porque não sabemos de nenhum ballet dessa história até então. E, por último e não menos importante, um trechinho do ensaio das cartas de baralho do repertório de Alice no País das Maravilhas, que contou com a brasileira Letícia Stock (de collant rosa) no corpo de baile! E que nossos brasileiros continuem dando show em mais transmissões como essas!! 🙂

Segue abaixo o vídeo + galeria de melhores momentos da transmissão completa:

 

 

 

 

 

 

Veja mais da nossa cobertura do World Ballet Day 2017:

Australian Ballet

Royal Ballet -parte 1

Nosso acervo:

World Ballet Day 2016

World Ballet Day 2015

Vídeo da semana #30!!

O vídeo dessa semana tá mais que especial por conta do dia das mamães, que acontece em 2017 em 14 de maio! Desde já, nós do blog desejamos antecipadamente parabéns a todas as mães, leitoras e não leitoras, que merecem homenagens e carinho todos os dias!

Hoje vamos ver exemplos de bailarinas de companhias famosas que conciliam o trabalho de serem lindas e técnicas no palco e tendo a maestria de serem mães ao mesmo tempo! A galera do blog ficou super curiosa para saber como faz isso, haha!

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Mamães do NBC e seus filhos (Foto: Reprodução)

As bailarinas do National Ballet of Canada apresentam seus filhos e cada uma conta como é ser mãe e bailarina. Greta Hodgkinson explica que quando está trabalhando procura dar seus 100% de entrega, e em casa com os filhos funciona da mesma forma. Já Alejandra Perez-Gomez conta sobre o lado lúdico de seus filhos crescerem dentro de um ambiente artístico com música de orquestra, bailarinos e seus ensaios, figurinos, criando assim um ambiente mágico para eles e quem sabe, no futuro, formando novos bailarinos, não é? Apesar do vídeo estar em inglês, fica facinho de entender esses momentos especiais. Então, vamos a ele:

BÔNUS: O segundo vídeo, do Australian Ballet, diferentemente do primeiro, utiliza mais de imagens com os ensaio da companhia e as bailarinas se relacionando com seus pimpolhos durante os ensaios. Extremamente fofo de se ver!!

 

Quer ver nosso acervo com mais vídeos comentados? Clique aqui!!

Vídeo da Semana #29!!

Para quem adorou nossa resenha sobre o espetáculo “O Quebra-Nozes” do Russian State Ballet (que você pode conferir clicando aqui), aí vai mais uma enxurrada desse espetáculo MA-RA-VI-LHO-SO para vocês!!!!!!!

Hoje, vamos apresentar uma achado bem despretensioso do nosso blogueiro Felipe Souza. Como ele assiste vários vídeos de ballet clássico pelo YouTube, o site recomenda vídeos de categoria similar. Com isso, ele achou esse documentário da BBC sobre os bastidores da produção do Royal Ballet, que leva o nome de Behind the Nutcracker by the Royal Ballet.

Quebra-Nozes
Quebra-Nozes enfileirados (Foto: Reprodução / Behind The Nutcracker)

Nele, acompanhamos alguns dos bailarinos que vão ajudar a compor essa aura de magia e dança que acompanha toda a obra. A belíssima Francesca Hayward, como sua primeira Fada Açucarada junto ao seu príncipe mais experiente, Alexander Campbell, a estudante da Royal Ballet School Nadia tendo sua oportunidade como floco de neve em sua primeira coreografia de corpo de baile da cia, e o pequeno Thomas, também estudante da escola do Royal, tentando seu papel como o coelho baterista.

Francesca Hayward e Alexander Campbell
Francesca e Alexander passam o grand pas de deux pela primeira vez (Foto: Reprodução)

Assim como na sua escola de dança, gente boa que consegue os papéis e que não consegue, e é interessante ver como isso acontece dentro das companhias profissionais também.

E, assim como na sua escola – embora que em proporções diferentes – dá para acompanhar a evolução dos bailarinos, das coreografias e da própria montagem do espetáculo ao longo do documentário. Ou seja: assistir vale SUPER a pena!

Confira a galeria que fizemos:

Quer ver mais #videodasemana? Clique aqui!

Motivos para assistir: Romeu e Julieta!

Depois de muito tempo longe das resenhas, eis que o Oito Tempos volta a fazer uma das coisas que mais gosta: compartilhar análises sobre obras que assistimos! Dessa vez, assisti Romeu e Julieta do ballet La Scala com Roberto Bolle e Misty Copeland nos papeis principais. Foi uma experiência tão envolvente que resolvi colocar aqui, num formato novo, os motivos que me levaram a amar essa produção e colocá-la na minha lista (longa, verdade!) de montagens favoritas. Vamos lá!

 

Primeiro encontro de Romeu e Julieta (Foto: Reprodução)
Primeiro encontro de Romeu e Julieta (Foto: Reprodução)

1.Misty Copeland e Roberto Bolle como principais

Nós aqui do blog já amamos o Roberto Bolle como solista, pois ele é aquele tipo que toma toda a atenção para si e você praticamente nem olha para quem tá do lado dele, não é verdade? Agora, quando essa outra pessoa é a Misty Copeland, ficamos divididos e apaixonados em cena pelos dois. Primeiramente, a química deles no palco é incrível!! Eles incorporam os personagens de uma maneira muito real e que convence (de verdade!). Minha grande e maravilhosa surpresa foi ter visto pela primeira vez a Misty em um ballet completo, e uma técnica impecável que só foi valorizada ainda mais pelo partner.

2. A música de Sergei Prokofiev

Com certeza é o que há de mais importante nesse ballet. A música basicamente dita o tom de toda a produção e casa bem com todas as cenas que correspondem a ela. É o tipo que arrepia nos primeiros movimentos dos violinos e entra nos ouvidos de maneira agradável e marcante ao mesmo tempo.

O pas de deux mais emocionante! (Foto: Reprodução)
O pas de deux mais emocionante! (Foto: Reprodução)

3. Pas de deux do balcão ❤

Esse com certeza absoluta é o momento coreográfico clímax de todo o espetáculo. Todo o sentimento dos personagens aparece em forma de uma coreografia muito técnica e, ao mesmo tempo, sentimental e envolvente. Aí que a química deles fica em evidência total, e a gente até se questiona se os bailarinos sentem alguma coisa um pelo outro! Dá para, literalmente, se sentir transportado para aquele momento de amor do jovem casal!!

 

4. Conjunto da obra

Figurino com cores vibrantes e alegres, cenário histórico que nos leva diretamente à Verona do século XVI, atuações fantásticas do corpo de baile que compõem as cenas, música, protagonistas… Enfim, os motivos para você assistir ao ballet são muitos!

Figurino do corpo de baile também tem seu lugar!
Figurino do corpo de baile também tem seu lugar!

 

Se ficou interessado, clique aqui para baixar diretamente do nosso blog parceiro, Videos de Ballet Clássico.

Mais fotos aqui!

 

 

World Ballet Day 2016 – National Ballet Of Canada

Mais um post para celebrar o #WorldBalletDay nosso de cada ano, evento que marcou a estreia do OITO TEMPOS como blog e que temos o prazer de acompanhar e resenhar para vocês!!

A quarta companhia que protagonizou a transmissão ao vivo foi o National Ballet Of Canada (quer ver o post do ano passado? clique aqui), que dessa vez faz sua transmissão em casa, na cidade de Toronto, já que ano passado estavam em turnê e realizaram o World Ballet Day durante a viagem.

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Aquecimento básico para começar o dia 🙂

De cara, começamos com a aula que é a minha parte favorita. Além de acompanharmos as extensões das linhas e técnica dos bailarinos também posso pegar alguns passos de inspiração para as minhas aulas (hehe). Muita roupa para aquecer e alongamento são essenciais antes da aula começar, e é claro, não podem faltar as bolinhas nossas de cada dia, item que somos muito adeptos aqui no blog (não é Ju?).

A aula foi comandada pelo professor Aleksandar Antonijevic de uma maneira bem tranquila com passos simples, prezando sempre a manutenção da técnica. Pausa para o professor falando com os bailarinos sobre a necessidade de levar a pirueta como um todo. Importante vermos como até mesmo companhias grandes passam pelos mesmos problemas de nós mortais náo é mesmo :-). Pausa Nº 2 para momento fisioterapia com o bailarino Naoya Ebe, parte do processo de ser um bailarino de alto rendimento. E pausa Nº 3 para falar o quanto a galera do blog achou super legal o look jovial e descontraído do nosso professor, continue assim!!

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Melhor professor: SIM ou COM CERTEZA?

Karen Kain, diretora artística da companhia falou sobre os repertórios da companhia para a temporada: Onegin, Lago dos Cisnes, Cinderella e O Quebra-Nozes, repertórios de peso dentro do ballet clássico. Além da maravilhosa estreia do Ballet Pinnochio : o que estamos ansiosos para ver se sai algum pedacinho no canal deles para o público. A companhia esse ano comemora sua 65ª Temporada. Parabéns aos envolvidos!!

Ensaios:

Cinderella com certeza foi o carro chefe da transmissão desse ano, ocupando quase metade do tempo, onde tivemos ensaio das fadas mais os homens cabeça-de-abóbora (cena muito interessante por sinal!), onde a companhia ainda afina os pontos da coreografia. A bailarina Sonia Rodriguez nos apresenta o backstage da produção durante os ensaios: sapatos, perucas e figurino da obra que envolve muitos profissionais.

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Fadas de Cinderela

O próximo ensaio foi do ballet Onegin, criado em 1964 pelo renomado coreógrafo John Cranko. Algumas cenas mais simples de mise en scéne (atuação durante o espetáculo de ballet) e danças de grupo, que demandam sincronia do grupo. É um repertório pouco conhecido por nós do blog, o que não quer dizer que tenhamos menos vontade de vê-lo.

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Corpo de Baile de Onegin

Durante o streaming do evento, tivemos a grata interrupção do Boston Ballet e do Miami City Ballet apresentando suas instalações e os ensaios de suas temporadas. Mas, calma! Não se preocupem que nós nos lembramos deles sim, mas isso é assunto para outro post (surpresa!).

Confira a nossa galeria de fotos:

 

Cerimônia de Encerramento da Olimpíada: o que teve!

A Olimpíada chegou ao fim, mas ainda ficamos com nossas resenhas de vídeos para alegrar nossa audiência, não é mesmo? Então, ainda em clima olímpico, faremos uma análise um pouco maior sobre a coreografia apresentada pelo Grupo Corpo no encerramento Rio 2016. Lembrando que ainda tem as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos, então podemos voltar a esse tema a partir do dia 7 🙂

Já falamos nesse post sobre a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, que contou com coreografia de Deborah Colker e foi um show incrível para abrir com chave de ouro essa cerimônia que une culturas tão diferentes em prol do esporte.

Agora, vamos ao que interessa! No encerramento da Olimpíada, foram apresentados quatro minutos de um trecho de Parabelo (1997), obra pertencente ao Grupo Corpo e que traz fortes referências nordestinas em sua coreografia. Composto de um jogo de pernas rápido e aparentemente “solto”, porém perceptivelmente coreografado, os bailarinos trazem junto com seus movimentos a força da música nordestina. Apresentando também figurinos simples e com cores vibrantes, valorizando ainda mais o movimento.

 

Apesar da chuva ocorrida durante o encerramento, não houve o que desanimasse os bailarinos durante a coreografia, o que se tornou ainda mais marcante diante do evento. Afinal de contas, não é todo dia que temos a honra de encerrar uma Olimpíada, não? Durante a narração do evento, muitos comentaristas disseram que foi justamente a chuva que deu uma dramaticidade maior ao encerramento, no maior estilo “Cantando na Chuva”. E é verdade! Só ficamos meio tensos ao assistir com medo de que algum bailarino escorregasse.

Infelizmente, não conseguimos encontrar nenhum vídeo oficial desse momento, mas fica aí um dos registros que achamos e que vai ficar para a posteridade:

 

Deixaremos também um vídeo oficial do canal no YouTube do Grupo corpo, que mostra esse mesmo trecho apresentado na festa de encerramento. Lembrando que vale suuuuuuuper a pena conferir os demais vídeos da companhia, tão bons quanto esse 🙂

 

Para quem ficou interessado em conhecer mais da companhia pode visitar o site oficial clicando aqui!

Para ver outras resenhas, essas do #videosdasemana, clique AQUI!

(Foto da capa: Getty Images/Alexander Hassenstein)

BTCA 35 Anos!

Nos dias 1 e 2 de abril de 2015, o BTCA (Balé do Teatro Castro Alves), companhia baiana, completou 35 anos de existência, fazendo uma grande festa de aniversário no próprio Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). A celebração é uma colcha de retalhos de memórias, lembrando momentos e pessoas que fizeram parte dela. Vale ressaltar que o BTCA foi a quinta companhia oficial de dança do Brasil e a primeira oficial do Nordeste

Intitulado “Memórias em Movimento”, o projeto contou com trechos de espetáculos que fazem parte do repertório da companhia (Sanctus, A quem possa interessar, Essa Tempestade), depoimentos gravados de personalidades como o coreógrafo Luis Arrieta e Lia Robatto, homenagens póstumas a artistas que passaram pela companhia, como o maître de ballet Carlos Moraes – esse, para mim, foi o momento mais emocionante.

 

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Sanctus é um dos repertórios mais conhecidos do BTCA (Foto: Divulgação / BTCA)

Ainda hoje, o BTCA é uma companhia que funde arte contemporânea com toda a carga cultural que só a Bahia tem, mesclando gerações que acompanharam o início dela com novos bailarinos que agora começam a escrever também as suas.

Nós, o público, tivemos a oportunidade de conferir um lado da companhia que nem sempre chega a nós: aquele da falta de patrocínio e iniciativas que muitas vezes ameaçaram extinguir a companhia para sempre. E, mesmo assim, o elenco trata das situação com muita leveza e graça dentro da comemoração.

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Essa Tempestade também foi reapresentada (Foto: Isabel Gouvea / BTCA)

Tatiana Schwartz, nossa querida leitora do blog, relatou um pouco de como foi assistir ao BTCA: “Foi emocionante, envolvente, a estrutura feita com um tom autoral, biográfico, abordando o viés político, de questionamento sobre a falta de investimento em arte e cultura, o que deu mais força ao espetáculo. É uma história muito bonita, trabalhos lindíssimos. Temos muito o que agradecer de isso existir e termos oportunidade de presenciar um evento desses. Se fosse para resumir em uma palavra: emocionante!”.

Ao final, tivemos ainda a dobradinha maravilhosa da OSBA (Orquestra Sinfônica da Bahia) com o cantor Gerônimo fechando literalmente com chave de ouro. Simplesmente maravilhoso!

Para quem predeu o espetáculo, ainda permanece a exposição no foyer do teatro até o dia 30 de abril. Dá uma passadinha lá que vale super a pena!

 

Local:  O Teatro Castro Alves fica na Praça Dois de Julho,s/n, Campo Grande, Salvador – Bahia. Telefone: (71) 3535-0600

Vídeo da semana #15!!

O #videodasemana de hoje é uma sugestão da nossa leitora Bruna Coutinho Beloso. Você provavelmente já conhece a música e também o videoclipe, ambos fizeram sucesso em 2014 e ainda fazem a cabeça das pessoas: no caso é “Chandelier”, da cantora Sia.

Inicialmente, vamos falar da bailarina que protagoniza o clipe. Maddie Zigler, um prodígio que se tornou conhecida pela sua participação no reality americano Dance Moms. Ela se tornou garota propaganda da marca Capezio em 2015 e além disso protagonizou outros dois clipes da cantora Sia: Elastic Heart e Big Girls Cry. E isso tudo tendo apenas 13 anos. Uau!! Haja talento!!

Sobre o clipe: Chandelier se passa em uma casa aparentemente abandonada, com uns poucos móveis, figurino com um collant nude e peruca loira, característica marcante dos clipes da cantora Sia. Uma coreografia forte, onde a Maddie usa e abusa de expressividade facial, que em muito constitui a sua dança. Ela passa rapidamente da alegria e euforia para tristeza, medo, e contando sempre com uma flexibilidade de dar inveja (você já-já vai saber do que estamos falando).

Tanto é que Juliana, sócia do blog, arrisca dizer que ela é a futura Miko Fogarty! Bem, não sabemos ainda seu futuro com certeza, mas podemos dizer que ela arrasa – e muito!-  aqui no presente. Vamos ao vídeo:

 

Clique aqui para conferir nosso acervo de #videosdasemana !

Mariana Miranda: ajuda para audição na Bélgica!

Mariana Miranda, uma linda bailarina de 19 anos, recentemente foi aprovada em uma pré-audição no Rio de Janeiro para a P.A.R.T.S. (Performing Arts Research & Training Studios), escola de dança contemporânea em Bruxelas, Bélgica, sob a direção de Anne Teresa De Keersmaeker – uma importante referência atual em dança contemporânea.

Após a seleção – só ela ela e mais dez pessoas passaram – Mariana agora precisa arrecadar fundos para bancar os custos de sua ida para a Europa: passagens, seguro de viagem, alimentação, transporte, hospedagem… É bastante coisa!

 

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Olhar atento para aprender! (foto: Fernando Quevedo Barros)

Apesar de nova, Mariana já conta com uma formação pela escola contemporânea do Bolshoi no Brasil, e hoje dança no Balé Jovem de Salvador e na Kátharsis Companhia de Dança (que já foi citada aqui). Mariana arranjou um tempinho para nós e contou sobre esse nova fase de sua carreira como profissional de dança. Fala principalmente sobre a dificuldade de arrecadar dinheiro sem nenhuma financiamento público e todo o apoio que vem recebendo através das contribuições: “Muita gente está ajudando, estou achando incrível!”

No momento, ela conta com a divulgação por Facebook e com a ajuda de amigos para organizar aulões de dança, performances em lugares públicos “passando o chapéu” para arrecadar dinheiro. Sua viagem acontecerá dia 02/04, e ela precisa juntar o valor necessário quanto antes for possível. O Oito Tempos deseja que tudo dê certo para você Mariana!! Precisamos e muito apoiar os artistas da nossa terra, para que possam alcançar voos mais altos!!! Deixaremos abaixo os dados bancários para quem quiser ajudar. Qualquer ajuda é bem -vinda 🙂

*crédito da primeira foto: Chico Maurente

Agência 5695-2

Conta corrente N°: 3.398-7

Mariana Miranda de Oliveira Silva

Banco do Brasil